Pequenas adaptações como a regulagem da altura da cadeira, iluminação adequada e pausas para relaxar a musculatura do corpo, aliadas com mudanças de hábito, podem resultar na melhoria da qualidade de vida do trabalhador. Principalmente para aqueles que desenvolvem atividades repetitivas, ficam por longos períodos sentados ou em pé e estão sujeitos a desenvolverem lesões ou doenças profissionais.
O ergonomista e designer da Fundacentro, Ricardo Serrano, diz que na maioria das atividades, quando realizadas essas pequenas adaptações, o resultado pode ser muito benéfico.
"Também é importante fazer uma pausa para recuperação muscular a cada uma hora de trabalho", alerta. Segundo o especialista, a pausa para tomar água e fazer pequenos alongamentos produz ótimos resultados. "Todos os profissionais estão sujeitos a desenvolverem problemas físicos e até emocionais", destaca.
Entre as atividades profissionais que mais apresentam problemas, Ricardo Serrano elenca as de call center, as linhas de produção de confecção e calçados e os serviços bancários, com destaque para o de caixas. Recentemente, ele participou de um trabalho para uma grande rede de banco que demonstrou a necessidade de reformulação dos guichês.
Nas agências que serviram de base para o estudo, verificou-se que os caixas ficam bastante confinados e com dificuldade de movimentação interna. "Todo equipamento colocado na superfície de um balcão deve oferecer mobilidade", informa. "Os protótipos já foram testados nos bancos e resultados são surpreendentes",completa.
A participação do trabalhador nesse processo de mudanças e adaptações é fundamental. "Não existe trabalho de ergonomia sem o aval do trabalhador", diz Serrano.
Fonte: Blog do Trabalho
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